Artigos | Postado no dia: 2 agosto, 2023

O impacto da Lei de Regularização Fundiária no mercado imobiliário.

A Lei de Regularização Fundiária (Lei nº 13.465/2017) tem como objetivo principal promover a regularização de terras urbanas e rurais no Brasil, buscando dar segurança jurídica aos ocupantes de áreas informais e irregulares. Essa legislação teve um impacto significativo no mercado imobiliário do país, uma vez que trouxe mudanças importantes para a regularização de propriedades e a legalização de empreendimentos imobiliários.

Tema relevante para todos os ocupantes de imóveis, urbanos ou rurais do nosso país.

Confira e acompanhe até o final!

 

Quais os Efeitos para a Regularização de Imóveis Urbanos?

Um dos principais pontos trazidos pela Lei de Regularização Fundiária foi a facilitação do processo de regularização de imóveis urbanos. Antes da publicação da Lei, muitas propriedades urbanas estavam em situação irregular, seja por ocupações informais ou por falta de documentos adequados.

Com as alterações na legislação, os procedimentos para a regularização foram simplificados e desburocratizados, permitindo que os proprietários regularizem suas terras de forma mais rápida e eficiente.

Essa facilidade na regularização trouxe maior segurança jurídica aos proprietários e aos compradores de imóveis, tornando os imóveis regularizados mais atrativos no mercado imobiliário. Além disso, a regularização de áreas informais contribui para a redução de conflitos e pendências relacionadas à posse e propriedade de terras urbanas.

 

Quais os impactos da Lei de Regularização Fundiária para Condomínios e Loteamentos?

O impacto relevante da Lei de Regularização Fundiária foi a legalização de loteamentos e condomínios que se encontram irregulares.

Até então, vários loteamentos e condomínios estavam em situação irregular, sem registros adequados ou com matrículas incorretas. Outros, somente como posse, o que gerava insegurança jurídica para os moradores e dificultava a obtenção de financiamentos e créditos para aquisição dos imóveis.

Com a nova legislação, os loteamentos e condomínios irregulares foram autorizados a serem regularizados, desde que atendam aos requisitos exigidos na lei. Isso possibilitou que milhares de famílias obtivessem a tão desejada regularização de suas propriedades, o que teve um impacto positivo no mercado imobiliário.

A legalização de loteamentos e condomínios irregulares também contribuiu para a valorização desses empreendimentos, uma vez que a regularização traz maior segurança para os moradores e para os futuros compradores.

Além disso, a regularização desses empreendimentos impulsionou a oferta de imóveis no mercado, beneficiando os setores imobiliário e da construção civil.

 

Como a Lei de Regularização Fundiária Afeta as Terras Rurais?

A Lei de Regularização Fundiária também teve um impacto importante na regularização de terras rurais, isso porque, muitas áreas rurais estavam em situação irregular, com problemas de documentação e posse, o que dificultava o acesso a créditos agrícolas e inviabiliza investimentos na produção agropecuária.

Não são raros os casos de falhas na cadeia dominial das áreas e imóveis rurais, bem como, nos registros das matrículas e nos cadastros rurais dos referidos imóveis (CAR).

Por essas e outras razões, foi estabelecido um marco legal para a regularização de terras rurais, simplificando os procedimentos e garantindo maior segurança jurídica aos proprietários. Isso contribuiu para a redução da informalidade no campo, incentivando o desenvolvimento do agronegócio e atraindo investimentos para o setor.

A regularização de terras rurais também teve impacto no mercado imobiliário, uma vez que as propriedades regularizadas certamente têm um valor maior de mercado. Aliado a segurança jurídica, fomenta os negócios impulsionando a atividade econômica no campo.

 

Quais os Principais Requisitos para a Regularização Fundiária trazidos pela Lei?

A Lei de Regularização Fundiária trouxe importantes mudanças, estabelecendo os requisitos e procedimentos para a realização e correção dos registros.

Diante disso, os principais requisitos são:

  1. Identificação da ocupação: O primeiro requisito para a regularização fundiária é a identificação da ocupação. É necessário que o ocupante do imóvel, seja ele urbano ou rural, comprove sua posse por meio de documentos, como contratos de compra e venda, recibos de pagamento ou declarações de posse.

A comprovação da ocupação é fundamental para iniciar o processo de regularização.

  1. Análise de viabilidade técnica e ambiental: Outro requisito importante é a análise de viabilidade técnica e ambiental do imóvel. Isso implica verificar se uma área ocupada é passível de regularização, levando em consideração aspectos como a localização, a infraestrutura disponível é compatível com as normas ambientais.

Essa análise visa garantir que a regularização seja realizada de forma adequada e sustentável.

  1. Vistoria e avaliação do imóvel: Um terceiro requisito é a realização de vistoria e avaliação do imóvel. É preciso verificar as características físicas da área ocupada, como tamanho, benfeitorias existentes e impactos ambientais.

Além disso, é necessário realizar uma avaliação do valor do imóvel, considerando sua localização, acesso a serviços públicos e infraestrutura disponível.

  1. Regularização urbanística e ambiental: A regularização fundiária também requer adequação do imóvel às normas urbanísticas e ambientais.

Isso implica verificar se a ocupação está em conformidade com as leis de zoneamento e uso do solo, bem como com as normas ambientais.

  1. Participação dos ocupantes e da comunidade: Um requisito importante é a participação dos ocupantes e da comunidade no processo de regularização.

A lei prevê a realização de audiências públicas e consulta aos ocupantes para garantir a transparência na realização do processo.

É fundamental envolver os interessados ​​e ouvir suas demandas e sugestões, visando promover uma regularização justa e inclusiva.

 

Considerações finais.

Apesar da Lei de Regularização Fundiária trazer vários benefícios para o mercado imobiliário, ainda existem desafios a serem enfrentados.

A Lei promoveu avanços e influenciou em questões como:

A Valorização dos Imóveis – Imóvel legalizado vale mais;

O Acesso ao Crédito – Linhas de crédito para imóveis devidamente registrados;

A Segurança Jurídica – Garantia para o proprietário quanto a disputas futuras;

O Desenvolvimento Urbano – Inclusão social e investimentos públicos nas áreas;

A Regularização Ambiental – Revisão das ocupações e mapeamento das áreas de preservação.

 

Contudo, é necessário garantir que a regularização seja realizada de forma transparente e sem prejudicar os direitos de terceiros. É fundamental que os proprietários entendam a importância da regularização e busquem informações corretas sobre os procedimentos a serem seguidos.

Por fim, a Lei de Regularização Fundiária teve um impacto significativo no mercado imobiliário, facilitando a regularização de imóveis urbanos, legalizando loteamentos e condomínios irregulares e promovendo a regularização de terras rurais.

Diante da complexidade do assunto, é necessário a avaliação de um especialista no em cada caso concreto, de forma a orientar o melhor caminho para uma regularização de imóveis com segurança jurídica.

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